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João Unes
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João Unes é jornalistas e diretor presidente do jornal A Redação / joao.unes@aredacao.com.br

Carta ao leitor

Uma chance para Goiás na Copa

| 21.09.12 - 17:29



Goiânia - Goiás conseguiu uma importante vitória com a escolha de Goiânia pela CBF para ser sede da seleção brasileira de futebol no periodo de preparação para a Copa das Confederações, entre maio e junho de 2013.
 
Depois da frustração em Goiás decorrente da exclusão do Estádio Serra Dourada da lista de subsedes da Copa do Mundo, a escolha de Goiânia pela CBF esta semana repara um erro de dois anos da Fifa com o Estado.
 
Digo que foi erro porque até os jacarés do Pantanal sabem que Cuiabá, com todo o respeito, não tem a metade da tradição futebolística dos clubes goianos ou do Serra Dourada. “Também faltou empenho das autoridades na época”, criticou o secretário-chefe da Casa Civil em Goiás, Vilmar Rocha.
 
Tá certo que a Copa das Confederações não se compara ao Mundial. Mas um bom desempenho de Goiânia no papel de anfitriã da seleção em 2013 fatalmente credenciará a capital goiana a repetir a dose em 2014. 
 
A escolha do presidente da CBF, José Maria Marin, atendendo a providencial pedido do governador de Goiás, Marconi Perillo, traz muitas vantagens para Goiás. A capital dos goianos passará a despertar interesse de jornalistas de todo o mundo, gerando mídia espontânea e visibilidade internacional. Acertou o governador Marconi, que com seu empenho pessoal conseguiu esta importante vitória para o Estado.
 
Do ponto de vista econômico, a permanência da seleção brasileira é um filão para Goiânia. Um dos diretores do Goiânia Convention Bureau e proprietário do Castro’s Park Hotel, Olavo de Castro, conta que só a comissão técnica da seleção brasileira normalmente ocupa 90 apartamentos. “Isso já lota um hotel“. Outros 50 apartamentos de outro hotel devem ser bloqueados no período para receber convidados da CBF. Quando ocorrem amistosos, a seleção adversária ocupa outros 90 apartamentos. “Essa escolha vai provocar um impacto razoavelmente grande em toda a cadeia hoteleira de Goiânia, que tem 3 hotéis credenciados pela CBF”, diz.
 
Olavo de Castro explica que, com os hotéis oficiais lotados, torcedores, jornalistas e autoridades recorrem aos outros hotéis da cidade, gerando alto índice de ocupação em toda a rede hoteleira. “Fora isso, tem muito mais. Hotéis cheios precisam comprar comidas e bebidas e empregar mais pessoas”, conta. “Além disso, a presença da seleção em Goiânia vai movimentar e muito toda a economia de Goiânia.”
 
Castro avalia que a localização e o clima de Goiânia foram fundamentais para que a CBF escolhesse Goiânia – além do bom relacionamento entre Marconi e Marin. “Goiânia é hospitaleira e de fácil deslocamento no trânsito.”
 
No dia 19 de setembro, em almoço para o anúncio da escolha de Goiânia pela CBF, o governador Marconi Perillo resumiu: “Este é um dia muito especial para nós, supre uma lacuna que ficou no coração dos goianos.”
 
O governador também foi enfático ao destacar que o objetivo agora é garantir que Goiânia seja sede da seleção também no periodo de preparação para a Copa do Mundo, em 2014. “Vamos caprichar e fazer tudo por isso.”
 
No almoço festivo com Marconi, realizado na véspera do clássico das Américas Brasil x Argentina, o presidente da CBF fez questão de explicar que a realização da partida em Goiânia foi uma escolha também política: “Esta partida não caiu do céu. É uma homenagem da CBF aos goianos, ao Estado de Goiás e aos seus dirigentes.”
 
À noite, no Serra Dourada, a festa foi da torcida, com a virada de 2 a 1 sobre a Argentina aos 47 do segundo tempo. Mas ainda é preciso evoluir. Na arquibancada do Serra, muita gente que pagou ingresso não conseguiu assistir à partida nem de pé. E no meio da massa, policiais militares, que estavam ali para ajudar a controlar a multidão, se empenhavam em ameaçar e provocar jornalistas e torcedores que tentavam ver o jogo.

São pequenos ajustes que precisam ser feitos para que Goiás consiga, finalmente, um papel de destaque na Copa do Mundo de 2014. Os goianos merecem.  
 

Comentários

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  • 12.11.2012 09:35 daniel henrique

    migalhas da cbf ... a decisão das sede é uma escolha política e não técnica, assim como foram escolhias as sedes para o pão e circo, ops... a copa do mundo na terra brasilis.

  • 22.09.2012 20:30 Maurício Zaccariotti

    Prezado João, seu artigo,como sempre muito bem escrito e recheado de boas intenções,merece todos os elogios possíveis. Entretanto, na prática, o que vimos naquela "pelada" no Serradourada, foi mais um jogo "caça-níquel", com meia dúzia de pernas de pau pegos à laço na véspera do jogo, sendo que, de todos, talvez, só Neimar vá participar da Copa. Inda mais, ganhar de outros tantos argentinos, também de segunda categoria, com um gol em flagrante impedimento e outro, de penalte, ao apagar das luzes,é uma grande vergonha para o nosso futebol, que já foi o melhor do mundo ! Abraços do Maurício.

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João Unes é jornalistas e diretor presidente do jornal A Redação / joao.unes@aredacao.com.br

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