O pianista Diego Caetano, natural da cidade de Anápolis (GO), coleciona, até o momento, mais de 50 prêmios conquistados em concursos nacionais e internacionais. Atualmente morando no Texas (EUA), integra o corpo docente da Sam Houston State University.
Na primeira parte desta entrevista, a mim concedida em 10 de fevereiro de 2021, o pianista goiano falou sobre o caminho percorrido, enquanto aluno - primeiro em Anápolis, depois em Goiânia - e, por último, nos Estados Unidos.
Diego Caetano (n. 1989)
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel Alcântara: Sua relação com a música já começou com o Piano? E como ele entrou na sua vida? Houve influência da família nessa decisão?
Diego Caetano: Na minha família imediata ninguém é músico. Mas tenho uma prima, em segundo grau, que foi a minha primeira professora. Em casa, mesmo não sendo músicos, todos ouviam música, principalmente a minha mãe, que ouvia muitos CDs de Chopin, de Bach etc. Me recordo, especificamente, de um CD de Chopin tocado por uma pianista russa. Ela é professora na Juilliard School. O nome dela é Bella Davidovich [n. 1928]. E eu me lembro que a faixa 13 era a Balada nº 1. Então, eu ouvia aquilo em looping. E sempre pedia: “Ah, eu queria estudar piano (...).” E meus pais falavam: “Não, você tem que focar nos estudos e tal (...). ” Na realidade, nunca quiseram que eu fosse tocar piano.
Então, o que aconteceu? Diariamente, meu pai me dava dinheiro para comprar o lanche. Daí, ao invés de lanchar, eu guardava o dinheiro. Certa vez fui até a Escola de Música de Anápolis e fiz minha matrícula. Eu sou de Anápolis. Isso foi no ano de 2000 e eu tinha 11 anos de idade. Assim, comecei a estudar piano com a minha prima (em segundo grau), a Viviane de Mendonça Fiaia Costa.
Othaniel: E como foram as primeiras experiências na Escola de Música de Anápolis?
Diego: Fiz a matrícula no mês de agosto. Lembro-me de ter ido até a Escola de Música, uma semana antes da minha primeira aula e, naquela ocasião, peguei vários livros de música. Aconteceu que, durante a semana, eu estudei o livro de teoria inteiro. Assim, quando eu cheguei na primeira aula, eu já sabia ler as notas musicais na clave de “sol”, na clave de “fá” etc.
Em relação ao piano, a primeira peça que a minha professora passou foi do livro Álbum para a Juventude - Tchaikovsky. Era uma peça de duas páginas, acho que para aprender, sei lá, durante dois meses. Mas, na minha cabeça, depois que eu saí da primeira aula, era pra eu estudar o livro inteiro para a aula seguinte. E foi isso que eu fiz!
Após a aula da semana seguinte, a professora me perguntou se eu não gostaria de participar de um concurso de piano. Isso era em agosto e o concurso já ia acontecer em outubro, em Anápolis. Então eu falei: Tá, eu participo! Foi meu primeiro concurso de piano: “Concurso Nacional de Piano Orestes Farinello”. Eu venci este concurso, orientado pela Viviane. Continuei sob a orientação dela por mais de dois anos; quase três anos.
Othaniel: E como você conheceu a Professora Lilian Meire Carneiro de Mendonça?
Diego: Eu adoro estudar línguas estrangeiras. E, naquele tempo, aos sábados, eu estava frequentando um curso de japonês em Goiânia. Foi neste curso que eu conheci a professora Lilian. Ela foi minha colega de curso. Mas, inicialmente, eu não sabia que ela era pianista. Certo dia, eu comentei com ela que eu ia participar de um concurso de piano em Araçatuba, São Paulo. Então, ela me disse que ia levar alguns alunos para participar desse concurso. À época, eu estava com 12 ou 13 anos e planejava fazer a viagem sozinho, de ônibus. Acabou que eu fui com a turma da escola dela. Eu ganhei o primeiro prêmio, também nesse concurso, em Araçatuba.
Othaniel: Isso ocorreu em que ano?
Diego: Em 2002. Eu estava estudando com a Viviane há dois anos. Na Escola de Música de Anápolis, tinha uma estrutura anual: Preliminar (I, II etc.), Intermediário (I, II etc.), Técnico etc. Em dois anos (2000 a 2002), naquela instituição, fiz o conteúdo equivalente a oito séries.
Othaniel: E quando foi que você tomou a decisão de estudar piano em Goiânia?
Diego: Quando eu voltei de Araçatuba, eu continuei tendo minhas aulas de piano com a Viviane. Pouco tempo depois, tive minha primeira masterclass com a pianista Lúcia Barrenechea [à época, docente da EMAC/UFG]. Ela era a professora da Viviane. Eu toquei o Poema Singelo [Villa-Lobos] que é uma peça para quem já está fazendo uma graduação. A professora Lúcia ficou surpresa. Perguntou-me quanto tempo eu tinha de piano e o que mais eu tocava. E eu fui respondendo.
Mas, hoje, eu fico pensando: como é que me deixaram tocar isso naquela idade? (...). Bom, um dia a Professora Lilian me ligou convidando para uma masterclass na escola dela, ministrada por um professor de Campinas (SP), Mauricy Martin. Foi meu “choque de realidade”. Quando eu toquei pra esse professor, ele disse que estava faltando isso, que estava faltando aquilo, que eu estava fazendo o telhado da casa antes do alicerce e tal, sabe? Foi aquele reality check!
Depois disso, voltei para casa em Anápolis, todo choroso, falando: “Sou a pior pessoa do mundo! Não vou fazer isso mais. ” No começo, eu não havia pensado em ser pianista, e sim em fazer Medicina. Foi quando minha mãe sugeriu: “Vamos visitar a professora Lilian qualquer dia! ” E, então, fomos juntos. Foi aí que ela [Lilian] me aceitou como aluno.
Mas antes, ela disse: “Não vai dar certo! Eu acho que não vai dar certo, porque você não vai me obedecer! ” Porque eu já estava tocando isso, tocando aquilo, tocando isso tudo. E ela queria que eu fizesse uma base, né?! Quando a pessoa fala assim: “Você não consegue fazer isso”, aí é que eu faço. Quando ela disse “Você não vai me obedecer”, eu respondi: “Vou sim! ” E ficava lá na escola dela o dia inteiro. E o que ela falava, eu respondia sempre: “Sim, senhora! ”.
Othaniel: Conheço bem a Tia Lilian. Depois disso, você deve ter participado de uma série de concursos pelo Brasil e pelo mundo, não foi?
Diego: Sim. Depois de três meses, voltei a participar de um concurso em São Paulo, desta feita sob a orientação dela. Ganhei o primeiro lugar. Daí começou, né?! Em 2003, ela me levou pra vários concursos, em diversos lugares: São Paulo, Minas Gerais, Sul do Brasil, Estados Unidos, Europa, Marrocos. Também fiz o Concurso “Claudio Arrau”, no Chile. Fui premiado em vários deles. E, quando eu tinha 14 anos, ela me preparou para o Vestibular da EMAC/UFG. Dos 15 aos 19 anos fiz minha Graduação em Piano [de 2005 a 2008].
Concurso em São Paulo (2003)
Diego Caetano (1º lugar) e Rayana Ribeiro
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel: E quando foi que você descobriu que a Música seria o seu caminho profissional?
Diego: Mais ou menos com 13 anos de idade. Fiz a base que precisava fazer. Comecei a perceber que quando eu chegava para tocar para outro professor, sempre falavam bem. Sabe, é aquela coisa dos 13 anos. Quando a gente não sabe o que é impossível, a gente faz, né? Vai lá e faz! Depois é que a gente começa a colocar essas “neuras” na cabeça. Acho que é a melhor fase pra trabalhar com a pessoa: dos 13 aos 15 anos. A pessoa não tem medo de nada (...).
Um porém: a família! A família não queria que eu fizesse música de jeito nenhum! Mesmo assim, fiz o Vestibular para Música na EMAC, em 2004, para começar o curso em 2005. Fui classificado em primeiro lugar, dentre todos os candidatos, de toda a UFG. E tive que falar para os meus pais: “Olha, estou fazendo música é porque eu quero. Não é porque eu não consigo fazer outra coisa.” Tive que convencer meus pais mesmo! A partir dos 13 anos, eu quase tomei a decisão de sair de casa. Eu já me sustentava, dando aulas de francês. Eu lecionei francês dos 13 aos 19 anos.
Othaniel: Uma vez, na EMAC/UFG, tomando um cafezinho com você na cantina, presenciei um fato interessante: você falando russo com um dos convidados de um festival. Quantos e quais idiomas você fala?
Diego: Atualmente, além do português, eu falo: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, russo, japonês, chinês e coreano. Outras línguas/dialetos eu entendo bem, mas não estudei, por exemplo: holandês, catalão, galego. É a minha vida: piano e línguas estrangeiras.
Masterclass na Escola Lilian Centro de Música (Goiânia, 2005)
Da esquerda para a direita: Marcella Pontes, Félix Bauer, Compositor Marlos Nobre
Erica Maria Effting, Filipe Louly Quinan Junqueira, Diego Caetano e Rayana Ribeiro
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel: Quem te orientou na Graduação?
Diego: Entrei na Graduação em Piano (UFG) em 2005. Fui orientado pela professora Maria Helena Jayme Borges. Ela tinha uma pesquisa sobre a metodologia de ensino da Escola de Música da Lilian Meire Carneiro de Mendonça. As duas professoras eram, digamos, parceiras.
A Maria Helena me ensinou muito mais coisas além de piano. Por exemplo, a questão do comportamento. Existia, à época, uma energia diferente: o pessoal que era da Lilian e a turma que não era da Lilian (...). Eu aprendi, com a Maria Helena, que eu tinha que tratar todos da mesma maneira (...). Isso me deu experiência para a minha vida profissional. Ela me ensinou como navegar naquelas águas (...). Depois, na vida, eu já tinha uma experiência, né? Outros dois professores me ajudaram bastante também: Consuelo Quireze e Luiz Medalha.
Professoras Maria Helena Jayme Borges e Lilian Meire Carneiro de Mendonça
*Diego Caetano foi agraciado com o Diploma de Honra ao Mérito,
concedido pela UFG, em março de 2018.
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel: Você chegou a ter aulas com a Dona Belkiss [no caso, sogra da Tia Lilian]?
Diego: Sabe o que aconteceu? Eu tive a oportunidade de tocar para a Dona Belkiss apenas uma vez na vida, uma semana antes de uma viagem dela para a França. Infelizmente, quando ela regressou a Goiânia, ela teve o AVC.
Mas, foi o seguinte: você sabe, quando a gente estuda na Lilian, a gente quase que passa o dia todo lá, né? Lembro-me de que era um sábado e eu tinha que voltar para Anápolis. Naquela época, eu acordava às 5h45 da manhã, todos os dias, pra ir a Goiânia. E, naquele dia, percebi que estava faltando um real para a passagem de volta para a minha casa. Aí, o que é que eu fiz? Eu bati lá na Malá [filha adotiva da Dona Belkiss] e perguntei: “Você tem um real pra me emprestar? ” E ela: “Tenho! ” Então, ela foi pegar o dinheiro e, de repente, ela gritou: “Diego, a Dona Belkiss quer te conhecer, vem aqui! ” [Obs.: a casa da Tia Lilian é interligada à casa da Dona Belkiss].
E eu fui! Então, ela me serviu guaraná e mais alguma coisa, não me lembro! Nós ficamos conversando. Ela me deu um CD dela. Em seguida, ela foi em direção ao piano de cauda e perguntou: “O que você vai tocar hoje pra mim? ” [Risos]. Acabou que eu tive uma aula. Toquei Bartók etc. Então, ela, olhando minhas coisas, observou que eu estava estudando o terceiro Concerto de Rachmaninoff. Lógico! Uma pessoa naquela idade, diz que está tocando uma peça dessa.... Então, ela ficou curiosa! Eu toquei o que eu sabia. A única coisa que ela me falou foi: “Você tem uma mão muito boa para o piano! ”
Lembro-me, ainda, que eu dei um fora muito grande (...). Ela me perguntou alguma coisa acerca da peça e eu disse: Ah, é porque está escrito “tempo um”? E ela respondeu: “Não é tempo um, é tempo primo! ”. Eu nunca mais esqueci disso [risos]. Esta foi a primeira e única vez que eu toquei para a Dona Belkiss.
Othaniel: Nossa! E você estava ali, sempre tão pertinho da casa dela...
Diego: Sempre por perto. Até hoje, quando eu converso com a Lilian, ela diz: “Nossa! Pudera eu ter a Dona Belkiss agora aqui. Ela ia ficar muito feliz ao ver o que você tem feito com o piano. Ela sempre quis alguém assim, e tal, que representasse Goiás.
Othaniel: Você terminou a Graduação no final de 2008, e logo resolveu fazer o Mestrado nos Estados Unidos. Quando e em que circunstância você tomou essa decisão?
Diego: Olha, foi a saga da Rússia, né? A minha professora Lilian queria muito que eu fosse para a Rússia. E estava tudo planejado pra eu ir. Foi quando eu conheci essa professora russa [Nadezhda Eismont], a qual, depois, foi muito importante para a minha vida.
Esse encontro aconteceu em 2007. Na época, eu estava fazendo aula de russo. Fiquei fluente em russo, já pensando em ir para a Rússia. Era o sonho da Lílian me ver ali. Claro que eu queria também! Mas, surgiu um imprevisto, digamos, financeiro, né? Porque eu nunca fui de família rica. E, pra sair assim, precisava de muito dinheiro! Eu me sustentava dando aulas de línguas estrangeiras. Não dava!
Foi quando uma professora dos Estados Unidos veio, a convite da Lílian - porque o
Éverton Marin tinha ido fazer Mestrado -, para dar uma
masterclass em Goiânia. Eu fui e toquei pra ela. Então, ela ficou entusiasmada e disse que me queria como aluno. E eu, na minha cabeça: “Ah, mas eu vou pra Rússia!!! (...).”
No ano seguinte, em 2008, nós fomos para os Estados Unidos, para a formatura do Éverton. E a gente ia tocar lá na Universidade e tal. Foi muito bom o Recital de Mestrado. E a gente também deu um recital de música brasileira. Foi quando eu tive uma nova aula com ela. Na ocasião, ela me disse que ficou sabendo que eu estava indo para a Rússia. Ela, então, fez uma jogada: se você vier pra cá, eu te dou o dinheiro. Era o que estava faltando pra mim, né? [Risos]. Pensei: “Não vou ter que pagar nada! Vou ter bolsa de estudos e uma professora excelente! ”, o que foi muito importante na minha vida também.
Othaniel: Como é o nome dela?
Diego: Theresa Bogard. Eu tive uma experiência maravilhosa com ela. Nos dois anos em que eu fiz o Mestrado na Universidade do Wyoming [segundo semestre de 2010 - primeiro semestre de 2012], ela me colocou pra frente. Nesse período, mais precisamente em 2011, ganhei o primeiro lugar no MTNA - Steinway & Sons International Competition, nos Estados Unidos. Nos primeiros seis meses aqui, nos Estados Unidos, eu fiquei entre os seis melhores pianistas de Mestrado do país (...). Fui tocar no Steinway Hall e no Carnegie Hall [ambas as salas em Nova Iorque]. Por fim, terminei o Mestrado e fui fazer o Doutorado.
Classe da professora Dr. Theresa Bogard, USA (2010)
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel: Seu Mestrado na Universidade do Wyoming foi em performance, né?
Diego: Sim. Foram dois anos com a Theresa Bogard. Nessa época, no Wyoming, eu também, oportunamente, tive muitas aulas com um pianista irlandês, o Barry Douglas. Ele se tornou um padrinho. E ele não fazia isso pra ninguém! Ele tem um rancho no Wyoming. Ele vivia lá. E eu tive muitas aulas, porque, nessa época, ele passava muito tempo lá, gravando a obra completa de Brahms. E eu tive muitas aulas de Brahms com ele. Até hoje, eu tenho uma carta de recomendação dele. E outro pianista que, à época, me deu muito apoio foi o Jon Nakamatsu. Tive várias aulas com esses dois pianistas. Minha professora pedia pra eu tocar para outros professores também (...).
Da esquerda para a direita: Nate Caetano, Mirian Camelo, Profa. Lilian Meire Carneiro de Mendonça
Félix Bauer, Marcella Pontes, Rayana Ribeiro e Diego Caetano (sentado).
University of Wyoming Concert Hall, 2010.
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
Othaniel: E o Doutorado?
Diego: Comecei em 2012, logo de imediato, e o concluí em 2015. Eu fiz o Doutorado na Universidade do Colorado. Fui o único aluno a terminar o Doutorado em Performance em três anos, até hoje! Geralmente são quatro ou cinco anos. Enfim, consegui terminar antes. Eram oito recitais no total, mas, em um único semestre, eu fiz seis recitais.
Lá eu estudei com o David Korevaar. É um pianista que toca tudo! É sério! Qualquer coisa que você perguntar, ele já tocou: de música de câmara, de solo etc. E foi aí que eu comecei a desenvolver, a pensar o Diego Caetano como se fosse o seu próprio professor, né? Foi durante o Doutorado que eu abri as asinhas (...). Eu comecei a fazer turnês. À exceção do ano passado, fui, anualmente, à Europa.
Othaniel: O sistema de avaliação nos Estados Unidos é parecido com o que ocorre na Alemanha, por exemplo? Para ser avaliado, o candidato tem que fazer uma turnê de concertos?
Diego: Os concertos são realizados na própria Universidade. Tem uma comissão julgadora. Olha, eu tive que fazer oito recitais com diferentes programas. Dois deles têm que ser de música de câmara. Além disso, eu tive que escrever dois minis documentos, com 70 páginas cada. Então, não chega a ser uma tese. Escrevi sobre a Magdalena Tagliaferro [1893-1986], que é um ícone (...). Eu traduzi o livro de memórias dela para o inglês, porque não tinha nada escrito sobre a Magdalena, em Inglês.
Othaniel: Recentemente, eu e o maestro Sérgio Kuhlmann falamos sobre ela em uma entrevista (a ser publicada). Ela foi professora do Kuhlmann. Sei que ela foi professora em Paris, mas não sei se ela teve algum tipo de atividade nos Estados Unidos.
Diego: Ela teve o debut dela no Carnegie Hall [Nova York] que foi muito bem retratado. Tem até aquele crítico, Harold Schonberg [1915-2003], que falou sobre esse acontecimento, referindo-se a ela como uma revelação etc. E, ao que parece, não existe mais nada escrito sobre ela. Sei que a Tagliaferro deixou vários alunos aqui nos Estados Unidos. Um deles é o James Tocco [n. 1943], hoje professor no Conservatório de Cincinnati. Escrevi, também, sobre as peças do Marlos Nobre [n. 1939], porque eu queria explorar a obra de um compositor brasileiro.
E, como disse, foi nessa época que eu comecei a fazer minhas turnês. Foi quando eu comecei a sair. Fui dar aulas na Tailândia (...). Iniciei minhas viagens frequentes à Europa.
Masterclass na Universidade Assumption em Bangkok, na Tailândia.
(arquivo pessoal de Diego Caetano)
O restante dessa entrevista encontra-se no link abaixo: